Concordância Verbal

Concordância Verbal é tema com dúvidas recorrentes em qualquer curso de gramática. Isso se dá porque a Língua Portuguesa é realmente rica; as possibilidades de estruturá-la são múltiplas, constituindo-se estilos de escrita quase inumeráveis.

Recentemente, Elaine Paiva, escritora (“O Segredo da Senhora Grey”, 2005) e crítica política do Rio de Janeiro, além de idealizadora do exercício literário ficcional O Projeto Guardião do qual você pode participar, publicou em sua rede social a seguinte postagem:

“Fachin Solta Rocha Loures.

Provavelmente será o novo PC Farias.

Será que vão lhe arranjar uma amante para ‘protagonizarem’ um homicídio seguido de suicídio? Ou será que ele se mata pelos cabelos que foram raspados?

A eximia escritora grafou o verbo “protagonizarem” no plural; antes, usou o pronome oblíquo “lhe” (singular) para se referir “Rocha Loures”. Adiante, menciona “uma amante”, também no singular. Então, por que teria usado o verbo principal no plural? Teria se equivocado?

Não. Quando optou pelo plural, a escritora incluiu a eventual amante na ação do verbo. Se tivesse usado singular, a mensagem se mostraria dúbia, pois tanto “lhe” poderia ser o agente do verbo quanto “amante”.

Portanto, a opção pelo plural deixa claro que ambos os termos são agentes verbais. Excelente e certeira opção; deixou a mensagem muito bem exposta.

Pois então!


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